A doença renal diabética (DKD) é uma das principais causas de doença renal crônica e doença renal terminal em todo o mundo, predominantemente impulsionada pelo aumento do diabetes mellitus tipo 2. Evidências recentes destacam o papel crucial da distribuição da microbiota intestinal no desenvolvimento e progressão da DKD. A disbiose, caracterizada por uma redução nas bactérias benéficas produtoras de ácidos graxos de cadeia curta e um aumento nas espécies patogênicas, como Proteobacteria e Bacteroides, exacerba a inflamação sistêmica, a resistência à insulina e os danos nos rins por meio de como o aumento da permeabilidade intestinal e a produção de metabólitos pró-inflamatórios, como os lipopolissacarídeos. Esta revisão explora o impacto de taxons bacterianos específicos no risco e progressão da DKD, como Alistipes, Subdoligranulum e suas interações com as vias metabólicas. Além disso, discutimos novas estratégias terapêuticas direcionadas à microbiota intestinal, incluindo probióticos, prebióticos, simbióticos e transplante de microbiota fecal, que se mostraram promissoras na melhoria dos sintomas da DKD. No entanto, a heterogeneidade da microbiota intestinal entre os indivíduos e os desafios na padronização do tratamento exigem abordagens personalizadas e pesquisas adicionais sobre o eixo intestino-rim.
Palavras-chave: Doença renal diabética; transplante de microbiota fecal; microbiota intestinal; prebióticos; probióticos; simbióticos.