As células tumorais circulantes (CTCs) são biomarcadores multifacetados com potencial significativo para oncologia de precisão, oferecendo oportunidades para refinar diagnósticos e personalizar tratamentos em vários tipos de câncer, incluindo câncer colorretal e de mama. Os ensaios CTC servem como indicadores de prognóstico confiáveis, mesmo durante a quimioterapia e/ou terapias direcionadas molecularmente. Notavelmente, as CTCs exibem heterogeneidade que se desenvolve gradualmente durante a carcinogênese e se torna mais pronunciada em estágios avançados da doença. Essas heterogeneidades intra e intertumorais representam desafios, particularmente quando clones resistentes a medicamentos surgem após a terapia. O comportamento dinâmico das CTCs fornece informações valiosas sobre a resposta ao tratamento e o prognóstico. Esforços extensivos levaram ao desenvolvimento de tecnologias para o isolamento efetivo do CTC, acelerando sua implementação clínica. Embora os testes de CTC e DNA tumoral circulante (ctDNA) ofereçam valor prognóstico, eles refletem diferentes aspectos da biologia tumoral: os contágios de CTC indicam progressão tumoral, enquanto os níveis de ctDNA se correlacionam com a carga tumoral. Espera-se que a análise combinada produza insights complementares. Os testes de CTC são viáveis em hospitais gerais e podem servir como marcadores tumorais comparáveis ou até superiores aos marcadores convencionais, como antígeno carcinoembrionário (CEA) e antígeno de carboidrato 19-9 (CA19-9) para câncer colorretal e CA15-3 para câncer de mama. A incorporação precoce de testes de CTC em exames de sangue de rotina parece ser uma abordagem racional e promissora.
Palavras-chave: CTC; câncer de mama; câncer colorretal; ctDNA; oncologia de precisão.