Introdução: Devido aos seus efeitos metabólicos, a dapagliflozina, um inibidor do transportador de sódio e glicose 2 (SGLT2), tem potencial como terapêutico para a doença de Alzheimer (DA).
Métodos: Conduzimos um estudo duplo-cego, randomizado, controlado por placebo, em grupo e paralelo em um único local para investigar o efeito da dapagliflozina em participantes com provável DA (pontuação 15-26 do Miniexame do Estado Mental [MMSE]). Planejamos inscrever 48 participantes com randomização 2:1 para 10 mg de dapagliflozina uma vez ao dia (n = 32) versus placebo correspondente (n = 16). O objetivo principal foi o efeito da dapagliflozina no N-acetilaspartato cerebral (NAA). Também avaliamos a segurança, o controle glicêmico, a composição corporal, o metabolismo cerebral e a cognição.
Resultados: Não houve mudança no resultado primário. Não houve diferenças significativas nos eventos adversos. A hemoglobina A1c, a massa gorda e a massa magra livre de gordura diminuíram; a glutationa cerebral aumentou; e o desempenho do teste de interferência de Stroop (mas não outro teste cognitivo) melhorou.
Discussão: Os participantes tratados com manifestaram efeitos metabólicos observados em estudos clínicos de outras coortes. Na DA, o uso de dapagliflozina pode afetar o cérebro.
Destaques: A dapagliflozina não alterou a espectroscopia de ressonância magnética N-acetilaspartato (resultado primário) neste estudo exploratório da doença de Alzheimer (DA). O descarte de glicose induzido pela dapagliflozina é suficiente para alterar o metabolismo sistêmico. Pacientes com DA que tomaram dapagliflozina exibiram efeitos metabólicos observados em diabéticos.
Palavras-chave: Alzheimer; MRS; SGLT2; dapagliflozina; glicose; metabolismo.