O câncer de ovário (OC) é reconhecido como a neoplasia ginecológica mais letal, caracterizada por inúmeras mutações genéticas que desencadeiam crescimento e replicação celular descontrolados. Evidências emergentes sugerem que RNAs não codificantes, incluindo miRNAs e lncRNAs, influenciam significativamente o OC por meio de suas múltiplas funções, incluindo iniciação, progressão, metástase, evasão imune e quimiorresistência, tornando-se marcadores diagnósticos promissores e outros terapêuticos. A abordagem primária para o tratamento da OC geralmente envolve cirurgia citorredutora seguida de quimioterapia. No entanto, os agentes quimioterápicos, particularmente as antraciclinas, como a doxorrubicina (DOX), são conhecidos por seus efeitos cardiotóxicos, que podem variar de agudos a crônicos, potencialmente levando à insuficiência cardíaca e morte. Para melhorar a resposta geral ao tratamento e minimizar a cardiotoxicidade, estratégias alternativas foram exploradas. Isso inclui o uso de doxorrubicina lipossomal (DOXIL) como substituto do DOX, várias radioterapias, imunoterapias e a co-administração de inibidores da enzima conversora da angiotensina e/ou betabloqueadores. Os inibidores da fosfodiesterase-5 (PDE5i) também demonstraram eficácia na redução da cardiotoxicidade associada aos tratamentos do câncer e na promoção da apoptose em células cancerosas em vários tipos de câncer. Embora não haja nenhum ensaio clínico atual examinando diretamente o impacto da PDE5i na redução da cardiotoxicidade em CO, no entanto, terapias emergentes, como Withaferin A, inibidores de PARP e terapia combinada de nanopartículas, são promissoras. Pesquisas adicionais são essenciais para desenvolver tratamentos que sejam eficazes contra o OC e menos prejudiciais ao coração.
Palavras-chave: Cardiotoxicidade; quimioterapia; doxorrubicina; câncer de ovário; inibidores da PDE5.