Introdução: O envelhecimento está intimamente ligado a doenças crônicas, e a microbiota intestinal desempenha um papel importante nesse processo. O Índice Dietético da Microbiota Intestinal (DI-GM), uma nova ferramenta que reflete o impacto potencial da dieta na diversidade da microbiota intestinal, tem uma associação pouco clara com o envelhecimento biológico. Este estudo teve como objetivo avaliar a associação entre DI-GM e aceleração fenotípica da idade (PAA), revelando o potencial efeito regulatório da dieta no envelhecimento.
Métodos: Os dados de 29.435 participantes do NHANES 1999-2018 foram analisados usando modelos de regressão multivariáveis para avaliar a associação entre os escores do DI-GM e o PAA. A idade fenotípica foi estimada a partir de 10 indicadores fisiológicos, com o PAA definido como um resíduo positivo de aceleração da idade (ACR). O DI-GM foi construído a partir de 14 componentes da dieta; pontuações mais altas indicam maiores benefícios potenciais para a microbiota intestinal.
Resultados: Os escores mais altos do DI-GM foram significativamente associados a um menor risco de PAA. Após o ajuste para as covariáveis, cada aumento de 1 ponto no DI-GM foi associado a uma redução de 7% no risco de PAA (OR = 0,93, IC 95% = 0,91-0,95, P < 0,001) e uma diminuição de 0,33 no ACR (β = -0,33, IC 95% = -0,39 a -0,26, P < 0,001). As análises de subgrupos e de sensibilidade confirmaram esses achados.
Conclusões: Pontuações mais altas de DI-GM estão significativamente associadas à redução da aceleração fenotípica da idade. Melhorias na dieta que promovem a saúde da microbiota intestinal podem efetivamente retardar o envelhecimento, fornecendo evidências científicas para intervenções dietéticas voltadas para o envelhecimento saudável.
Palavras-chave: Envelhecimento; Dieta; Índice dietético da microbiota intestinal (DI-GM); Microbiota intestinal; NHANES; Aceleração fenotípica da idade (PAA).