O câncer colorretal (CRC) mostra uma resposta limitada às imunoterapias com ligante de morte programado 1 (PD-L1). Akkermansia muciniphila (AKK) pode aumentar a imunidade tumoral. Este estudo examina como suas vesículas de membrana externa (OMVs) e Amuc_1434 influenciam a expressão de PD-L1 e a atividade das células T CD8+ no CRC. Os OMVs foram isolados e suas características foram examinadas por meio de microscopia eletrônica de transmissão e Western blotting. A expressão de PD-L1 foi quantificada via Western blot, enquanto a proliferação de células T CD8+ foi medida usando citometria de fluxo. A produção de citocinas (interferon-gama (IFN-γ) e interleucina-2 (IL-2)) foi avaliada por ELISA. Um modelo de camundongo CRC foi empregado para examinar seu impacto no crescimento tumoral e na infiltração de células imunes. Em células CRC, o tratamento com OMVs derivados de AKK (AKK-OMVs) regulou significativamente a expressão de PD-L1 (p < 0,05) e aumentou marcadamente a proliferação de células T CD8+ e os níveis de IFN-γ e IL-2 (p < 0,01). Amuc_1434 foi identificada como a proteína chave que medeia esses efeitos. In vivo, o tratamento com AKK-OMVs reduziu substancialmente o volume tumoral (p < 0,01) e aumentou significativamente a infiltração de células T CD8+ no microambiente tumoral (p < 0,01). Além disso, camundongos tratados com AKK-OMVS mostraram maior expressão de marcadores de ativação imune no tecido tumoral, indicando ainda maior imunidade antitumoral. Este estudo revela que AKK-OMVs, particularmente aqueles contendo Amuc_1434, podem modular a expressão de PD-L1 e potencializar a imunidade antitumoral mediada por células T CD8+ no CRC. Essas descobertas sugerem uma nova abordagem para superar a resistência aos inibidores do ponto de controle imunológico no CRC.

Palavras-chave: Akkermansia muciniphila; Amuc_1434; PD‐L1; câncer colorretal; vesículas da membrana externa.