O metabolismo da arginina remodela o microambiente tumoral (TME) em um nicho pró-tumoral por meio de alimentação metabólica cruzada complexa entre vários tipos de células. No entanto, a principal comunicação metabólica intercelular que medeia os efeitos coletivos do metabolismo da arginina dentro do TME permanece obscura. Aqui, revelamos que a interação metabólica entre células cancerosas e macrófagos desempenha um papel dominante na progressão do câncer de mama causado pela arginina. Dentro do TME, as células do câncer de mama servem como fonte primária de arginina, que induz uma polarização pró-tumoral de macrófagos associados a tumores (TAMs), suprimindo assim a atividade antitumoral das células T CD8+. Notavelmente, essa interação célula-macrófago anula o aumento mediado pela arginina da atividade antitumoral das células T CD8+. Mecanicamente, as poliaminas derivadas do metabolismo da arginina aumentam a polarização pró-tumoral do TAM por meio da desmetilação do DNA mediada pela timina DNA glicosilase (TDG), regulada pela sinalização de p53. É importante ressaltar que o direcionamento do eixo Arginina-Poliamina-TDG entre células cancerosas e macrófagos suprime significativamente o crescimento do câncer de mama, destacando seu potencial terapêutico.
Palavras-chave: arginina ; câncer de mama; comunicação metabólica; poliamina; microambiente tumoral; macrófagos associados a tumores.